terça-feira, 17 de janeiro de 2012

TREINAMENTO FUNCIONAL: Muito mais do que apenas exercícios “diferentes”.

Tido como a nova revolução do Fitness e Treinamento Funcional virou febre nas academias de todo o país. Mas o que é Treinamento Funcional?
Como o próprio título do nosso post afirma Treinamento Funcional não é apenas um conjunto de exercícios “diferentes”, com elásticos, bolas e outros acessórios. O Treinamento Funcional pode ser encarado como uma metodologia de trabalho, em que se busca o aperfeiçoamento de uma função. Redundante não? Mas não podemos esquecer que a origem desta metodologia é a reabilitação e o treinamento esportivo onde valências físicas como potência muscular, velocidade, equilíbrio e agilidade são fundamentais para a performance atlética. Juntamente a essas valências a região do tronco deve receber atenção especial, pois parte-se do princípio que os movimentos têm origem nesta parte do corpo.
Então enquanto metodologias tradicionais de treinamento buscavam qualidades como: composição corporal (Redução da gordura corporal), resistência e força muscular, flexibilidade e potência aeróbia. O Treinamento Funcional busca equilíbrio, agilidade, coordenação, velocidade, potência, bem como, fortalecimento do CORE (região do corpo constituída pelos músculos abdominais, paravertebrais, glúteos, diafragma e músculos do assoalho pélvico). Treinando essas últimas valências estaremos também envolvendo as primeiras qualidades. Logo, por que não aplicar essa metodologia com a população em geral? Buscnado a melhoria nas atividades do dia a dia?
Para o Treinamento Funcional adentrar o meio fitness não foi fácil. A primeira grande tarefa foi justificar qual função melhorar nos praticantes de exercícios sem fins atléticos. Assim os benefícios proporcionados pela metodologia em questão apontaram para uma melhora no bem-estar destes praticantes sem perder o objetivo de condicionamento físico ou estético dos mesmos. Vai dizer que você nunca ouviu as seguintes frases:
“Eu não tenho coordenação para...”
“Eu tenho problemas de equilíbrio...”
Ou ainda muitos casos de pessoas que mesmo treinando apresentavam queixas de lombalgia, cervicalgia entre outras “ias” devido ao treinamento desequilibrado entre a região do CORE e as demais.
Dessa forma o casamento do Treinamento Funcional com o Fitness estava feito e hoje acompanhamos diversas pessoas falando que estão fazendo Treinamento Funcional.
Para os profissionais da área fica agora o desafio de elaborar exercícios voltados a melhoria das funções do dia a dia de seus clientes. Trabalhadores de escritório, dentistas, professores, motoristas... Enfim, o que não falta são detalhes para serem abordados na prescrição do treinamento.
O grande benefício do Treinamento Funcional está exatamente na união dele com outras metodologias como a musculação, por exemplo, e mais uma vez aparece o desafio para profissionais aliarem os benefícios de um ao outro. Por outro lado temos as pessoas que veem no Treinamento Funcional uma possibilidade de se motivarem a continuar treinamento visto que já enjoaram de outras modalidades.
Mas o mais importante. É necessário entender que o Treinamento Funcional deve obedecer todos os princípios da prescrição de exercício, como especificidade, individualidade biológica, progressão entre todos os outros. Dessa forma sim poderemos chamar aqueles exercícios “diferentes” de Treinamento Funcional.
Aos profissionais que queiram aprofundar-se no Treinamento Funcional, recomendo o estudo de muita biomecânica, anatomia e cinesiologia. Como dica de leitura específica recomendo o livro dos Professores Artur Guerrini Monteiro e Alexandre Lopes Evangelista intitulado Treinamento Funcional: Uma abordagem prática. Editora Phorte.

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