sábado, 31 de julho de 2010

Para emagrecer com eficácia, emagreça logo e muito

Pesquisa mostra que 78% das pessoas que tentaram emagrecer "logo" conseguiram perder 15% do peso, contra 48% submetidas a um regime lento

Ao contrário da ideia geralmente aceita, inclusive entre os médicos sobre a melhor receita para perder quilos, uma nova teoria começa a tomar corpo. Diz que, para emagrecer com eficácia, é preciso emagrecer muito... e rápido, segundo estudos apresentados no Congresso internacional sobre obesidade, concluído em Estocolmo (11 a 15 de julho).

Médica endocrinologista e doutoranda da Universidade de Melbourne (Austrália), Katrina Purcell conduziu uma experiência comparativa entre dois modelos de regime: um "rápido", em 12 semanas, visando a uma perda de 1,5 kg por semana para uma pessoa de 100 kg, e outro "gradual", de 36 semanas, com o objetivo de perder 0,5 kg por semana para uma pessoa com esse mesmo peso.

"Espantosamente e ao contrário do que se pensa, o estudo demonstra que o regime rápido é mais eficaz que o gradual para quem quiser perder quilos", comenta ela.

Os resultados obtidos mostram que 78% das pessoas que tentaram emagrecer "logo" conseguiram perder 15% do peso, contra 48% submetidas a um regime "gradual", mais lento.

Um dos motivos, avançados pela cientista, é psicológico e diz respeito à motivação: "quando se perde 1,5 kg por semana, temos vontade de dar continuidade ao regime, o mesmo não acontecendo quando se perde 0,5 kg aqui ou ali..."

Quatro participantes do grupo "gradual" abandonaram a experiência antes do final, achando que houve muito esforço, contra apenas um no grupo do emegrecimento "rápido".

Katrina Purcell adverte, no entanto, contra os regimes muito rápidos, as chamadas "crash diets", que consistem numa privação extrema de calorias. "Não faça isso sozinho, faça junto com seu médico, que é o único capaz de orientar melhor sua dieta", diz ela.

Muitos médicos e nutricionistas acham que quanto mais se perde quilos, mais somos suscetíveis de voltar a ganhá-los.

E isso leva a médica a acompanhar os dois grupos com muito cuidado, pelo que pretende divulgar os resultados finais da pesquisa em três anos.

O Instituto nacional holandês para a Saúde Pública e o Meio Ambiente estuda a ligação entre a quantidade de quilos perdidos e a eventual recuperação do peso que advém.

Segundo a pesquisa, 54% das pessoas que perderam peso tendem a conservar os benefícios disso durante um ano, independentemente da quantidade dessa perda.

Daí a conclusão de que, "quanto mais se perde peso inicialmente, mais a perda permanece importante um ano depois", diz o cientista Jeroen Barte.

É por isso, então, que "as perdas de peso de 10% ou mais deveriam ser encorajadas e preferíveis às menos significativas porque, um ano após, os benefícios serão sentidos", afirma, reconhecendo que o estudo "acaba com um mito".

Barte acrescenta que estudos deverão ser realizados "para determinar os objetivos ótimos da perda de peso e estabelecer as melhores práticas, para permitir sua manutenção".

Katrina Purcell não condena, no entanto, os regimes mais longos, uma vez que permitem uma modificação profunda no modo de vida.

Os cientistas concordam que os hábitos alimentares e o modo de vida são fatores primordiais da obesidade e do sobrepeso.

Quantidade das porções, luta contra o marketing agressivo da indústria de alimentos, reformulação de produtos com menos sal ou menos açúcar, incentivos fiscais, divulgação sistemática das calorias no menu dos restaurantes... Antes de pensar em regimes, "é preciso uma mudança cultural!", diz o presidente da ONG International Association of Consumer Food Organizations (IACFO), Bruce Silverglade.

sábado, 24 de julho de 2010

Treinamento Funcional dá o corpo dos sonhos enquanto trabalha seu cérebro

O Treinamento Funcional é um treinamento que faz parte dos chamados "Treinamentos Inteligentes", já que trabalha intensamente não só o físico, mas também a mente.

Utilizado há muitos anos na Rússia e adotado também nos Estados Unidos, este treinamento apresenta semelhança com os treinamentos militares e trabalha o nosso cérebro, como conta o treinador Wender Carolino Rossi: “O treinamento funcional é considerado uma atividade física inteligente, já que atua nos hemisférios cerebrais através da estimulação da coordenação motora e da dissociação corporal. É um trabalho intenso, que exige equilíbrio, lateralidade, e concentração”.

A técnica também tem o diferencial de poder ser aplicada em diversos casos e situações. Não se restringe às academias, e pode ser planejado para um jogador de futebol profissional, um maratonista, um jogador de tênis, um nadador etc. E não são só os atletas que podem utilizá-la: a técnica pode ser praticada por donas de casa (as mulheres, em geral, são muito beneficiadas, pois a técnica também atua no sistema hormonal), pode ajudar em situações de reabilitação ou fisioterapia e, até mesmo, trazer benefícios para as pessoas da melhor idade: “O Treinamento Funcional trabalha movimentos que você já fez e hoje não faz mais ou que você nunca fez e precisa começar a fazer por algum motivo. Por exemplo, sabemos que os idosos perdem a capacidade de fazer alguns movimentos cotidianos. Através do Treinamento Funcional, é possível que essa pessoa volte a fazer alguns movimentos desaprendidos”, explica Wender.

Segundo o profissional, é um treino que não deixa o aluno ficar apenas no modo automático, como ocorre na musculação, por exemplo. “Trabalhamos muito com propriocepção, ou seja, realizamos os exercícios em superfícies instáveis como bolas ou buzus (meia bola). A pessoa aprende a dissociar um membro do outro, trabalhando o abdome enquanto se equilibra numa bola e exercita os ombros, por exemplo. É um trabalho que pede coordenação motora, paciência e gosto pelo desafio, adrenalina e superação.

Além de todos estes benefícios, provoca uma grande queima calórica, pois alia a parte aeróbica à anaeróbica, trabalha com a frequência cardíaca sempre elevada e acelera o metabolismo. Não se esqueça de consultar o seu médico e encontrar um profissional qualificado antes de fazer esse tipo de treinamento.


por Melissa Giorgetti
http://www.educacaofisica.com.br

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Treinar em plataforma vibratória não traz melhora no resultado do treino

Treinar em plataforma vibratória não traz melhora no resultado do treino

Novo equipamento da moda no Brasil, a plataforma vibratória promete reduzir o tempo de um exercício de 60 para 12 a 15 minutos e ainda emagrecer, fortalecer os músculos e melhorar a capacidade cardiovascular. Apesar disto, não existem estudos que comprovem a eficácia do treinamento em superfícies oscilantes.

“A maioria dos estudos não mostrou maior eficiência em relação a um método convencional para ganho de massa ou perda de peso. Já o treinamento de flexibilidade feito após a exposição à vibração apresentou maior eficiência, assim como foram observadas melhoras na força e potência musculares em pessoas idosas ou com baixo nível de treinamento”, conta Mauro Batista, do Laboratório de Adaptações Neuromusculares ao Treinamento de Força da EEFE-USP, onde faz estudos com as plataformas.

A melhora na força em idosos também foi relatada por Marco Cardinale, um dos precursores em estudos de treinamentos sob vibração, segundo Rodrigo Ferraz, Coordenador preparação física Nutriaid.

“No Congresso Europeu de Ciências do Esporte, um dos melhores congressos sobre atividade física mundial, em 2008, Marco Cardinale mostrou dados que em pessoas sedentárias ou atletas não existe melhora alguma, tanto para força quanto para emagrecimento”, explica Ferraz.

O equipamento também é usado para tratar pacientes com dores e limitações. “Apesar de muitos pacientes terem restrições, em doentes com dor crônica não há resultados notáveis em relação à redução peso”, conta Marco leme, nutricionista do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP.

A plataforma vibratória é utilizada há aproximadamente 20 anos nas academias da Europa e dos EUA. Ela proporciona vibração para os músculos enquanto a pessoa pratica atividade física. O equipamento simula os movimentos da caminhada e faz com que os músculos se contraiam.

Fonte: www.sbpt.com.br