terça-feira, 24 de janeiro de 2012

EXERCÍCIO DO MÊS - AGACHAMENTO

O BOM E VELHO AGACHAMENTO

Este exercício tão famoso vem ganhando cada vez mais popularidade, principalmente entre o meio feminino depois que surgiram as mulheres com coxas e glúteos mais desenvolvidos. (Ufa!! Consegui definir de forma politicamente correta o que costumo definir com uma palavra).
Este exercício que apresenta inúmeras variações trabalha muito grupos musculares, quadríceps, adutores, posteriores da coxa, musculatura das costas e abdômen. É por muitas pessoas considerado o exercício que mais grupos musculares trabalha na musculação.
Todavia, o caminho até aqui do nosso agachamento não foi fácil. Na década de sessenta o seu ângulo foi limitado a 120 graus (popularmente conhecido como 90 graus), com a alegação de que se menor o ângulo de flexão do joelho, maior a pressão patelar o que elevaria o risco de uma lesão nos joelhos.
Para a felicidade de todos; o agachamento hoje é considerado um exercício seguro desde que respeitadas os princípios didáticos e fisiológicos do treinamento. Sendo prescrito inclusive em programas de reabilitação de lesões.
As lesões tão temidas até em tão são muitas vezes resultantes do excesso de carga, excesso de treinamento não respeitando o repouso adequado entre treinos e sua variabilidade e a técnica incorreta durante a execução do exercício. Ao contrário do que se imaginava que eram em função simplesmente do exercício.
O agachamento é tido como um dos exercícios básicos da musculação, de execução multiarticular.
Na essência, o agachamento reproduz o movimente de abaixar e levantar utilizando apenas a força das pernas.

Desde a infância passamos muito tempo agachados. Com o passar do tempo perdemos naturalmente a flexibilidade dificultando esta posição.
Dessa forma necessitamos de um processo didático dentro do treinamento para que possamos executar o agachamento de forma segura e proveitosa. Como exemplo de progressão didática poderíamos citar:
1º Mês: ênfase em fortalecimento isolado dos músculos envolvidos no agachamento e iniciação com o agachamento na Bola Suíça sem sobrecarga.
2º Mês: agachamento com auxilio do banco reto sem sobrecarga (1ª quinzena do mês) e agachamento livre sem sobrecarga (2ª quinzena). Ainda poderia ser utilizada superfície instável como o Bosu.
3º Mês: iniciar o processo de adaptação do agachamento com a barra nas costas ainda que sem sobrecarga.

Esta progressão é apenas um exemplo e não uma verdade única e exclusiva. O ideal é que o profissional adapte da melhor maneira possível o progresso do treino de seu cliente.
Lembrando sempre que não existe exercícios proibidos e sim pessoas proibidas mesmo que temporariamente de fazerem algum exercício. E mais do que nunca, eficiência e segurança na prescrição de exercícios caminham juntas levando ao melhor alcance das metas de nossos clientes.
Como dica de leitura recomendo o livro Manual de Técnicas de Exercício para Treinamento de Força: Checklists com o Passo a Passo de 57 Exercícios da editora Artmed.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

TREINAMENTO FUNCIONAL: Muito mais do que apenas exercícios “diferentes”.

Tido como a nova revolução do Fitness e Treinamento Funcional virou febre nas academias de todo o país. Mas o que é Treinamento Funcional?
Como o próprio título do nosso post afirma Treinamento Funcional não é apenas um conjunto de exercícios “diferentes”, com elásticos, bolas e outros acessórios. O Treinamento Funcional pode ser encarado como uma metodologia de trabalho, em que se busca o aperfeiçoamento de uma função. Redundante não? Mas não podemos esquecer que a origem desta metodologia é a reabilitação e o treinamento esportivo onde valências físicas como potência muscular, velocidade, equilíbrio e agilidade são fundamentais para a performance atlética. Juntamente a essas valências a região do tronco deve receber atenção especial, pois parte-se do princípio que os movimentos têm origem nesta parte do corpo.
Então enquanto metodologias tradicionais de treinamento buscavam qualidades como: composição corporal (Redução da gordura corporal), resistência e força muscular, flexibilidade e potência aeróbia. O Treinamento Funcional busca equilíbrio, agilidade, coordenação, velocidade, potência, bem como, fortalecimento do CORE (região do corpo constituída pelos músculos abdominais, paravertebrais, glúteos, diafragma e músculos do assoalho pélvico). Treinando essas últimas valências estaremos também envolvendo as primeiras qualidades. Logo, por que não aplicar essa metodologia com a população em geral? Buscnado a melhoria nas atividades do dia a dia?
Para o Treinamento Funcional adentrar o meio fitness não foi fácil. A primeira grande tarefa foi justificar qual função melhorar nos praticantes de exercícios sem fins atléticos. Assim os benefícios proporcionados pela metodologia em questão apontaram para uma melhora no bem-estar destes praticantes sem perder o objetivo de condicionamento físico ou estético dos mesmos. Vai dizer que você nunca ouviu as seguintes frases:
“Eu não tenho coordenação para...”
“Eu tenho problemas de equilíbrio...”
Ou ainda muitos casos de pessoas que mesmo treinando apresentavam queixas de lombalgia, cervicalgia entre outras “ias” devido ao treinamento desequilibrado entre a região do CORE e as demais.
Dessa forma o casamento do Treinamento Funcional com o Fitness estava feito e hoje acompanhamos diversas pessoas falando que estão fazendo Treinamento Funcional.
Para os profissionais da área fica agora o desafio de elaborar exercícios voltados a melhoria das funções do dia a dia de seus clientes. Trabalhadores de escritório, dentistas, professores, motoristas... Enfim, o que não falta são detalhes para serem abordados na prescrição do treinamento.
O grande benefício do Treinamento Funcional está exatamente na união dele com outras metodologias como a musculação, por exemplo, e mais uma vez aparece o desafio para profissionais aliarem os benefícios de um ao outro. Por outro lado temos as pessoas que veem no Treinamento Funcional uma possibilidade de se motivarem a continuar treinamento visto que já enjoaram de outras modalidades.
Mas o mais importante. É necessário entender que o Treinamento Funcional deve obedecer todos os princípios da prescrição de exercício, como especificidade, individualidade biológica, progressão entre todos os outros. Dessa forma sim poderemos chamar aqueles exercícios “diferentes” de Treinamento Funcional.
Aos profissionais que queiram aprofundar-se no Treinamento Funcional, recomendo o estudo de muita biomecânica, anatomia e cinesiologia. Como dica de leitura específica recomendo o livro dos Professores Artur Guerrini Monteiro e Alexandre Lopes Evangelista intitulado Treinamento Funcional: Uma abordagem prática. Editora Phorte.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Exercício e Diabetes

Exercício Físico e o seu papel no Diabetes

O diabetes trata-se de um tipo de doença metabólica caracterizada pela hiperglicemia (quantidades altas e mantidas de açúcar na corrente sanguínea). Decorrentes do diabetes estão relacionadas doenças como insuficiência renal, cegueira, doenças cardiovasculares, neuropatias ocasionando ainda por vezes a amputação de membros. É uma doença que encontra como fator de risco, além de outros, o sedentarismo. Portanto tanto na prevenção e no tratamento o exercício físico encontra muito respaldo.
O Ministério da Saúde salienta que “a prática regular de atividade física é indicada a todos os pacientes com diabetes, pois, melhora o controle metabólico, reduz a necessidade de hipoglicemiantes, ajuda a promover o emagrecimento nos pacientes obesos, diminui os riscos de doença cardiovascular e melhora a qualidade de vida. Assim, a promoção da atividade física é considerada prioritária”. Lembrando que a prescrição dos exercícios deve ser de forma individualizada sempre que possível.
Na essência a prescrição de exercícios para diabéticos segue o mesmo protocolo que o usado para pessoas saudáveis. Entretanto deve resguardar-se alguns cuidados.
Exercícios aeróbicos como caminhada, ciclismo, natação devem se a base do programa de exercícios para esta população. Devido ao fato de muitos desses indivíduos serem extremamente sedentários, a intensidade inicial poderá ser mais baixa que o indicado para a população em geral, bem como a duração menor.
Os exercícios de resistência podem ser acrescentados na rotina de pessoas melhores condicionadas devendo ser encorajada a sua prática em três dias alternados da semana. O programa deve objetivar uma progressão até que sejam realizadas de 8 a 10 repetições para os principais grupos musculares.
Um cuidado especial deve ser dado aos pés do diabético. Informações de conscientização sobre o uso de meias e calçados confortáveis e de preferência sem costuras devem fazer parte da didática do programa de exercícios. Bem como, a verificação criteriosa de possíveis calosidades, rachaduras ou pequenos cortes entre os dedos. Em caso de pessoas com perda de sensibilidade nos pés, a prática de caminhada ou corrida deve ser trocada se possível pelo ciclismo ou natação.
Outro cuidado a ser tomado durante os exercícios é a manobra de Valsalva, devido ao aumento da pressão arterial que pode vir a complicar casos de retinopatia desconhecidos.
No caso de diabético do tipo 1 outras recomendações se fazem importante.
O profissional responsável pelo treinamento deverá sempre perguntar em que local o paciente aplicou insulina pela última vez e de posse desta informação deverá evitar sobrecarregar aquela região durante a sessão evitando assim afetar a velocidade de absorção da mesma.
O controle da glicemia deve ser realizado no início da sessão evitando-se inicia-la com valores abaixo de 100 mg/dL ou superior a 250 mg/dL. O exercício também deverá ser evitado no momento de pico de ação da insulina sendo muitas vezes necessária a sua diminuição antes do exercício.
É de muita valia ainda que o diabético conheça os sinais de hipoglicemia e que de preferência tenha a disposição um alimento fonte de carboidratos.
Outro fator importante que o profissional deve considerar é a questão da prescrição de exercícios vigorosos. E quando houver, que este seja realizado com duração inferior a 60 minutos.
O treinamento para diabéticos deve ser tão motivante e estimulante quanto o treinamento de pessoas saudáveis, pois muitas vezes o que observa-se é um exagero na conduta dos profissionais do exercício o que desencoraja o indivíduo a aderir ao programa de exercícios.
Na essência devemos adotar os cuidados apresentado anteriormente e fazer da sessão de exercício um momento de diversão e socialização.
Para Maiores informações recomendo o capítulo sobre diabetes e exercício do livro Atividade Física Adaptada a Saúde – da teoria à prática, do Professor Luzimar Teixeira. Editora Phorte.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

TENDÊNCIAS NO FITNESS EM 2012

Algumas publicações já trataram de expor as tendências no fitness para 2012 como a do American College of Sports Medicine (ACSM), e aqui no Brasil a Revista Negócios e Fitness recrutou os principais profissionais do mercado brasileiro para expor suas expectativas para o ano que está por entrar.
Após essas leituras, podemos dizer que o ano de 2012 será simplesmente maravilhoso para os profissionais envolvidos neste segmento.
Seja no âmbito das salas de musculação, ginástica, ciclismo “in door”, pilates ou treinamento funcional teremos um ano de muito trabalho.
O ACSM aponta para a busca de atuar em diferentes mercados. No caso do Brasil onde 97% da população brasileira não segue um programa supervisionado de exercícios; a busca por novos mercados se torna urgente. Programas clínicos, empresarial e comunidade devem se tornar foco para empresas e profissionais do segmento fitness.
Ainda segundo o ACSM a crise financeira que assola o mundo pode afetar a atuação dos Personal Trainers e esta mesma instituição aponta como solução o oferecimento deste serviço para pequenos grupos (de duas a três pessoas por sessão) seguindo uma tendência de “semi – custom” (custo menor para os pagantes, hora/aula maior para o Personal Trainer).
Programas de emagrecimento, crianças e terceira idade, bem como a musculação continuam sendo tendências fortes para 2012, assim como os programas que buscam o condicionamento da região do CORE (abdômen, costas, pélvis, tórax) utilizando técnicas como pilates, treinamento funcional e o treinamento suspenso.
Para os profissionais ligados ao segmento de lutas, o mercado “ferve” em 2012 com a recente aquisição dos direitos de transmissão do UFC por uma conhecida rede de TV. No Brasil esta modalidade estará muito mais exposta, divulgando o trabalho voltado para as lutas em nosso país.
Acreditamos que com a maior consciência das pessoas acerca dos benefícios do treinamento personalizado, o número de estúdios no nosso país deva aumentar; o que gera muito mais oportunidade de trabalho para o profissional voltado ao treinamento personalizado.
Uma tendência extremamente nova para 2012 é o Coaching do Bem-Estar. Esta é uma tendência que incorpora a ciência da mudança de comportamento para promoção da saúde e prevenção de doenças. O treinador do bem-estar, muitas vezes usa uma abordagem semelhante a um personal trainer, fornecendo apoio, orientação e encorajamento. O treinador do bem-estar se concentra nos valores do cliente, necessidades, visão e objetivos. Parece que treinar bem-estar e suas técnicas de princípios de mudança de comportamento estão sendo adotadas não só por personal trainers, mas também por prestadores de cuidados a saúde.
Por último e muito mais importante. Todas as tendências apontam para o aprimoramento do conhecimento, formação, certificação, especialização e atualização constantes. É de suma importância que ao focar uma área de atuação específica, o Profissional de Educação Física se torne um expert. Assim o número de cursos será muito maior em 2012 do que em anos anteriores.
Com base nessas tendências é muito importante que os colegas encerrem o ano com uma reflexão apurada de seu planejamento para o próximo ano e as possibilidades que as mesmas abrem para a sua carreira.
O StudioVip já com base nisso elaborou a sua versão 2012 da Formação VIP Personal Training, que está muito mais prática e extremamente voltada ao nosso mercado.
Um excelente final de ano a todos e que 2012 seja de muita paz alegria e sucesso a todos!

Alvacir Camargo Júnior – CREF 3049-G/SC
Welness Coach